
Cumprindo Sua promessa de tirar os descendentes de Abraão de “terra que não era sua” (Egito) com mão forte e braço estendido, Deus executou juízos sobre o país e seu governante, o Faraó, para que este deixasse ir o povo. O Egito restou arruinado depois da ação do Deus dos hebreus para livrá-los da terrível escravidão.
Das 10 pragas que atingiram especialmente os símbolos religiosos daquela nação, uma delas, a penúltima, atingiu o sol, considerado divino pelos egípcios. Por três dias inteiros houve trevas sobre toda a nação.
Considerando – como eu faço e, talvez, você também – a veracidade dos registros de Moisés no livro de Êxodo, é preciso notar que não foi, definitivamente, um evento natural. Não foi um eclipse – pelo menos não há registro de um eclipse que tenha durado tanto tempo assim. Vamos considerá-lo, portanto, um evento sobrenatural, isto é, que não encontra explicação natural para sua ocorrência.
Antes de falar do assunto a que me propus, quero salientar que a descrição bíblica afirma que tais trevas eram tão espessas, tão densas, que nenhum recurso resolveu o problema, nem tochas, nem candeias ou coisa semelhante pois “não viu um ao outro, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias” (Êxodo 10:23a). Colocar isso em nossa perspectiva nos obriga a considerar, ainda mais, o episódio como sobrenatural segundo o critério que estabelecemos há pouco.
Pois bem, se as trevas eram sobrenaturais, tal luz também o era: “mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações” (Êxodo 11:23b). Este é o ponto, afinal não estamos aqui para discutir as trevas mas para compreender melhor (ainda que não completamente) a luz providenciada por Deus aos Seus servos no passado.
Mas afinal, por que isso nos interessa hoje, mais de três mil anos depois? É que hoje também estamos cercados de trevas espirituais, ainda que o Mundo se arrogue mais iluminado do que nunca. Espiritualmente os atuais “egípcios”, isto é, aqueles que não tem um concerto com o Senhor, estão às escuras. Como no Egito de então, também estão sem “ver um ao outro”, transbordando de egoísmo e inatividade espiritual efetiva, a não ser para se afundarem ainda mais no breu.
Porém do mesmo modo que havia luz sobrenatural para os filhos de Israel (que tinham em si o sangue de Abraão, servo de Deus) no passado, hoje há luz sobrenatural para os filhos de Israel (que trazem sobre si o sangue de Jesus, Filho de Deus). A Bíblia se refere a essa luz para nós, Igreja fiel – independente da denominação, fiéis ao Projeto de Deus – como a bênção do batismo com o Espírito Santo, o “óleo na candeia”, mencionado por Jesus em Mateus 25, na chamada “parábola das dez virgens”.
Não é a luz da cultura bíblica ou da teoria religiosa. É o resultado de uma experiência pessoal e profunda com o Espírito de Deus.
Não deixe sua casa em trevas, não dê “lugar ao diabo” antes busque ao Senhor e Ele fará resplandecer o Seu rosto sobre você. É hora da saída.