
Esta tão doce afirmação, em Apocalipse 21:23, diz respeito à Nova Jerusalém, cidade preparada por Deus para o Seu povo. Nos remete ao conceito de eternidade, prometido pelo Senhor Jesus aos Seus servos.
O verso afirma que “não precisarão de sol nem de lua“. O sol e a lua foram criados, conforme lemos em Gênesis, para marcar dias e anos e estão em constante movimento desde os primórdios dos tempos. Quando, portanto, o tempo não mais contar, sol e lua ficarão obsoletos e deixarão de existir.
Alternando-se entre si, o sol e a lua trazem a ideia de ciclos de dia e noite, luz e escuridão que, ainda que dando ritmo à nossa existência, trazem consigo a sensação de inconstância, exatamente o contrário do que está embutido no conceito de eternidade.
Estamos sujeitos à influência desses marcadores que balizam nossa existência mas, se sobre nós brilha a luz do Cordeiro, já não são os tempos que determinam nosso viver mas a luz eterna do Cordeiro de Deus. Como o ladrão crucificado ao lado do Messias sofredor, a nós também é dado o privilégio de já usufruir um pouco do Paraíso hoje.
Por isso o Senhor Jesus nos ensina a não nos ocuparmos com o futuro – o que define uma pré-ocupação – nem também com o que passou, afinal o passado é imutável. Ele nos incentiva a nos ocuparmos melhor com o nosso hoje, o chamado – nome bastante sugestivo – “presente”. C.S.Lewis considera o presente como “o ponto em que o tempo toca a eternidade“.
A própria lua tem seus ciclos, evidenciando sua inconstância, bem como – nos afirmam os estudiosos – o sol, com suas tempestades e ejeções de massa colossais, inconstante, portanto também, segundo consta.
O salmo 24:2 diz que o Senhor fundou a Terra sobre as correntes. Independente de quão literal seja essa afirmação, tudo na Terra grita “inconstância” e é completamente oposto ao conceito de eternidade.
A Lâmpada do cristão, por sua vez, é o imutável Cordeiro de Deus, aquele que é, que era e que há de vir. O Senhor, aquele que não muda, o que é o mesmo ontem, hoje e será eternamente.
Se Cristo for sua lâmpada, você jamais andará em trevas. Nem nesta nem na outra vida.
