Quero compartilhar a seguinte compreensão das dádivas que o Senhor nos concede, com o fim de nos desenvolvermos neste período de existência tão breve e agitado, a que chamamos de vida.
É preciso, inicialmente, fazermos um trato: concordar que Deus nos dá todo o necessário para uma vida feliz e próspera, ainda que com desafios a vencer e problemas a resolver. Temos sim, cada um, nossas perdas, decepções, aflições. Porém não trataremos destas neste momento.
Nossa intenção é perceber as classes de elementos que vem – direta e indiretamente – d’Ele, de Suas generosas mãos.
Vou estruturar meus argumentos basicamente afirmando que Deus nos concede:
- HABILIDADES
- RECURSOS
- OPORTUNIDADES
Comecemos, portanto, atentando para as
Habilidades
Não é preciso considerar muito para entender que temos diferentes habilidades e, estas, em diferentes graus. Em um grupo aleatório de pessoas, nem todas tem aptidão para música, por exemplo. E ainda, se separarmos os que a tem, formando um subgrupo, perceberemos que essa aptidão existe em diferentes graus, sendo alguns ainda mais hábeis do que outros.
Não estamos falando sobre pessoas que, com disciplina e perseverança, compreendem música sem, todavia, terem habilidades inatas nesse campo. Falamos, neste exemplo, sobre o chamado “dom para música” que aflora ao menor empenho em aprender a tocar um instrumento ou a cantar.
As habilidades – quando bem exploradas e incentivadas – dão lugar até mesmo a expressões geniais do intelecto humano, em todos os campos, desde as ciências e artes até a todo engenho humano.
As habilidades parecem distribuídas de maneira generosa e bastante democrática, não sendo privilégio de nacionalidades, temperamentos ou condição social.
Haveria ainda muito a falar neste campo, mas para não nos delongarmos, falaremos agora de como Deus nos distribui
Recursos
Apesar de sua importante participação no melhor aproveitamento de tudo que Deus nos dá, quero começar salientando que não tratamos aqui de mera condição de riqueza ou pobreza. Falamos de meios materiais suficientes, que nos podem permitir o desenvolvimento pessoal.
Com os recentes avanços sociais temos percebido a crescente facilidade de acesso das pessoas mais simples a recursos muito úteis para galgar posições de maior sucesso em suas empreitadas.
O modo como Deus nos faz chegar a provisão necessária tem como regra a afirmação do salmista: nada me faltará. Davi não precisou de mais recursos do que uma funda e cinco pedras comuns para – com habilidade aperfeiçoada em experiências anteriores – aproveitar muito bem a oportunidade de matar um gigante e entrar para a história.
Por fim, completando nossa lista, temos as
Oportunidades
São as conjunturas que Deus prepara para o melhor uso das demais ferramentas aqui citadas. Algumas, que julgamos de menor importância, parecem se repetir indefinidamente, esperando apenas nossa opção por aproveitá-las e, quando perdidas, parecem nos oferecer outras e outras ocasiões para fazer o esperado. Por sua abundância e frequência, nos parecem baratas, sem valor.
Outras, no entanto, por sua raridade e importância em suas possíveis consequências, nos requerem uma atenção muito especial. Podem ser, até mesmo, únicas e irrepetíveis.
Ressalto aqui que as oportunidades não são apenas as que temos de realizar alguma coisa definitiva, uma obra-prima. É nelas que exercitamos e aperfeiçoamos o uso de nossas habilidades e de nossos recursos.
Um ciclo
Iremos notar, sem muita dificuldade, que cada fator dessa conta afeta o resultado e a eficácia dos demais. Os recursos nos permitem incrementar e ajustar o uso das nossas habilidades e, por sua vez, as habilidades, na oportunidade certa, podem prover mais e melhores recursos. Mais habilidades e mais recursos podem tornar ainda mais proveitosas as oportunidades e, assim o ciclo se auto-alimenta.
Pois bem, a somatória destes elementos aqui apontados determina o curso da nossa vida e em todos eles podemos perceber o amor do Senhor por nós. Aliás, nosso intento aqui é nos incentivarmos mutuamente a notar, a observar em cada uma dessas dádivas o cuidado amoroso do nosso Deus.
Algumas habilidades, como mencionei, são inatas – isto é, “de nascença” – e não exigem de nós a não ser pedir a Deus que nos sejam preservadas e bem utilizadas. Geralmente são facilmente percebidas nos primeiros anos da vida. Outras, porém, vão brotar em determinadas oportunidades, nos despertando para um caminho novo e ainda inexplorado. Na oração, podemos pedir ao Senhor para que nos ajude a percebê-las e desenvolvê-las.
Além dos recursos que recebemos de nossa família, o bom uso das habilidades e oportunidades nos trará novos e maiores recursos, o que, por sua vez, desencadeará novo ciclo de crescimento e estruturação como indivíduo.
Mesmo as oportunidades podem ser “cavadas”, buscadas com afinco e inteligência e nos impulsionar para ainda mais longe.
Em tudo isso, habilidades, recursos e oportunidades, há espaço para a oração e o uso dos demais recursos da fé.
Peça a Deus, em diligente oração, pela descoberta e pelo desenvolvimento de suas habilidades, pelo envio de mais e melhores recursos (o que geralmente ele faz indiretamente, através do fruto do nosso trabalho) e pela percepção mais aguda das oportunidades que desfilam aí, bem debaixo do seu nariz.
“Cantem e alegrem-se os que amam a minha justiça, e digam continuamente: O Senhor seja engrandecido, o qual ama a prosperidade do seu servo.” Salmos, 35:27
Benção para nosso coração, alento para nosso ser.
CurtirCurtir
Que honra pra mim ser instrumento usado para seu bem, meu amigo! Obrigado pela visita, volte sempre.
CurtirCurtir
Há um provérbio que me lembra sobre aproveitar o tempo oportuno: “O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.” (Pv 10:5). O mesmo escritor também disse que “há tempo para todas as coisas”. Que sejamos filhos sábios, que trabalham e ajuntam enquanto é tempo de oportunidades.
CurtirCurtir
E por falar Em filhos sábios… Que o Senhor lhe proteja e abençoe, obrigado por comentar.
CurtirCurtir
Este belo texto me traz à memória a recomendação extraordinária da Palavra de Deus: “tudo quanto te vier à mão para fazer (OPORTUNIDADE), faze-o conforme as tuas forças (COM OS RECURSOS DISPONÍVEIS E INDEPENDENTE DO GRAU DE HABILIDADE)…” Logo, não há desculpas que justifiquem o não fazer, é um imperativo: “faze-o”. Deus te deu e me deu a dádiva da vida; agora é arregaçar as mangas e curtir tudo que vier como benção de Deus.
CurtirCurtir
Muito bom! Glória a Deus! Obrigado por este excelente acréscimo, meu amigo!
CurtirCurtir
A Paz…
Muito bom!
Portas escancaradas pra nós.
Muitas, por um descuido nosso, nem chegam a abrir… Falta-nos o Discernimento Espiritual…
Como disse, nascemos com habilidades. Nada falta ao Prudente.
Um abraço.
CurtirCurtir