O título deste post nos remete ao texto bíblico do evangelho de Lucas, que registra o diálogo entre os dois malfeitores crucificados junto com o Senhor Jesus:
E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.
O primeiro, apesar de uma vida de crimes e pecados, dava a entender que, se dali em diante continuasse naquele sofrimento terrível, é porque Jesus não era Deus. Estava pronto a terceirizar sua culpa, como faz o homem desde o princípio, desde Adão.
Era um argumento notável, porém extremamente racional e materialista. “Meu reino não é deste mundo”, Jesus poderia ter respondido a ele. Calado, porém, o Salvador dá oportunidade ao segundo ladrão para ser testemunha d’Ele: Mas este nenhum mal fez!
Na mente do primeiro malfeitor, a vida estava para acabar, definitivamente. Assim sendo, a única saída lógica era para baixo: descer da cruz. Era essa a ajuda que ele procurava naquela que era sua maior oportunidade na vida – estava mais perto do Salvador do que jamais estivera antes. Quantos morreram antes dele, naquele mesmo lugar, sem essa oportunidade dourada? Mas ele a desperdiça da pior maneira possível, querendo só ganhar o mundo…
A auto-piedade é um sentimento deveras pernicioso e, se nos domina, nos faz perder oportunidades igualmente únicas na vida. Ao invés de se humilhar e se reconhecer culpado, acha que Deus é injusto em não lhe socorrer como ele, homem, planeja. É o inverso da oração do Filho de Deus: “Seja feita a Tua vontade, e não a minha”. O homem natural, em seu entendimento vitimista, prefere exigir que sua vontade, má, imperfeita e desagradável seja feita, tanto na terra quanto no céu.
Mas há uma igreja Fiel, arrependida, convertida, temente a Deus, resignada, vivendo como testemunha, certa da vida eterna, do Reino que há depois da cruz, a dizer:
Mas este, nenhum mal fez!
O primeiro malfeitor queria descer vivo pra continuar sua vida de delitos.
O segundo sabia q desceria morto mas com a esperança que Jesus lhe deu de estar vivo no paraiso.
Ele reconhece sua culpa e sabe q Jesus não tinha culpa.
Ele levou nossa culpa sobre si nos dando assim condiçoes de herdamos um reino q não é deste mundo.
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Exato, meu amigo, são duas visões distintas do projeto de Deus. Uma, míope, sem noção do que havia DEPOIS daquele momento. O outro, como o cego de Betsaida, enxergando ao longe. Obrigado por comentar, volte sempre
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“Então disse Judá: Que diremos a meu senhor? Que falaremos? E como nos justificaremos? Achou Deus a iniqüidade de teus servos.” Gênesis 44:16
O que dizer de uma palavra dessa? Ela nos constrange, apontando a nossa pequenez e a grandiosidade da Obra do Senhor.
Quando José queria levá-los a um momento de contrição para lhes dar muito mais do que eles sequer imaginavam.
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Belíssima lembrança, meu amigo. Glória a Jesus por Seu inefável amor
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A expressão do segundo malfeitor expressa o cumprimento da profecia de Isaías 53, que o Cristo morreria não por seu próprio pecado, mas pelo pecado de muitos. Que visão maravilhosa teve aquele homem! Vejamos como ele! E seremos recebidos como ele, por Cristo no paraíso!
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Que o Senhor escute e atenda essa sua preciosa oração, meu amigo, nos dando tanto a compreensão quanto a recompensa da eternidade. Obrigado por comentar!
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Bela mensagem. Que saibamos enxergar que o que o Senhor tem pra nos, não e pra essa vida, mais sim pra vida eterna com o Pai na gloria!!!
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Verdade, meu amigo, que o Senhor abra nossos olhos para esse mistério. Maranata! Obrigado pela visita e pelo comentário.
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Certamente o “ladrão convertido” para fazer a tal afirmação ouvira falar antes de Jesus; ainda que num primeiro momento ele ouviu e não deu crédito, agora cumpria-se ali mais uma vez a Palavra e a fé veio. E o agora “homem de fé” não se preocupou em se justificar, em transferir culpas ou mesmo relembrar os seus erros, cuidou logo de exercitar o ousado pedido para que fosse lembrado por Jesus e o que talvez ele não imaginasse é que de pronto seria atendido, sem um mínimo prazo de carência. Creu no Salvador e foi morar no Paraíso, simples assim. Bendita graça que alcançou a ele e a nós!
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Sim, bendita graça que nos alcançou a nós, igualmente culpados e merecedores do juízo de morte! Mas Ele nos deu vida e vida com abundância! Abraço, meu amigo!
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