Uma coisa me chamou a atenção recentemente, na história dos dez leprosos curados pelo Senhor, na narrativa de Lucas, no capítulo 17. O Salvador atendeu ao pedido daqueles homens sofridos com uma ordem simples, que, aliás, estava pautada pela lei mosaica: eram os sacerdotes quem diagnosticavam a doença e sua eventual – raríssima – cura.
A premissa desta lei não mudaria, pois tinha um caráter profético: o sacerdote continuará sendo o que pode julgar se um homem está ou não limpo da lepra – que sabemos, representa o pecado: a doença que tira a sensibilidade do espírito e o leva à desfiguração e morte.
Mas só um dentre os dez entendeu que agora, no Novo Testamento de Deus com os homens, o sacerdote era o mesmo que havia providenciado a cura: Jesus.
Assim ele também obedeceu à ordem de se mostrar ao sacerdote, mas tomou caminho diverso dos demais. E foi recompensado por isso. Além de curado foi salvo também, ao contrário dos outros.
Muita gente ainda hoje é abençoada pelo Senhor em tantas coisas, mas se afasta do Abençoador, ainda que num caminho que atenda ao seu entendimento religioso.
Porém, como então era, ainda hoje é:
O homem que alcança a revelação do mistério se enche de gratidão.
Ou: O homem cheio de gratidão alcança a revelação do mistério.