O lamento do Senhor Jesus sobre a aldeia de Betsaida, registrado em Mateus 11:21, nos passa a ideia de que Ele esteve diversas vezes ali, operando sinais e maravilhas. Ele lança um duro juízo sobre seus habitantes pois não haviam se convertido diante das operações maravilhosas de Deus em seu favor: “Ai de ti, Betsaida”, diz Ele. Podemos assim reconhecer em Betsaida uma figura da religiosidade organizada, mas que já se acomodou e não reage mais aos sinais de Deus do modo que Ele mesmo espera: com mudança de vida.
Na narrativa de Marcos, no cap. 8 de seu evangelho, Jesus faz, talvez, sua última passagem pelo povoado e dali retira um cego. Os moradores de Betsaida não veriam mais sinais. Nem mesmo a cura daquele aldeão.
O Senhor toca-lhe os olhos com saliva – figura do que sai da boca do Salvador e nos abre os olhos espirituais – e lhe impõe as mãos. O resultado? “Vejo os homens, pois os vejo como árvores que andam.”
Diríamos que ele enxergou muito bem. Assim são, de fato, os homens: árvores que andam. Você vai até eles hoje e, talvez, encontre sombra e fruto. Talvez encontre apoio também. Mas amanhã, quando você conta com eles, já não estão lá. Já andaram, se moveram. Hoje ainda, muitos que foram retirados da aldeia que está sob juízo de Deus – a religião – e já receberam um toque do Senhor Jesus, ainda estão colocando seu foco nos homens. E estão sendo profundamente decepcionados, pois eles são extremamente volúveis.
Sabendo disso, Jesus torna a tocar naquele homem que, então, pode “olhar firmemente”, pois pode olhar para Jesus, que não muda. Pode também olhar as coisas lá de longe, lá da Eternidade de Deus.
O conselho para os que já passaram por esse processo está mais atual do que nunca:
NÃO TORNES A ENTRAR NA ALDEIA.
Maranata.
Texto muito propício ao momento que vivemos. Ao lermos, percebemos a necessidade de admirar o Instrumentista e não o instrumento.
Uma coisa que chama muito a atenção neste trecho é que, dentre todas as curas a cegos que Jesus realizou, esta foi a única cura que abordou todo o processo da visão. É claro que de forma profética. Quando analisado o processo da visão, vemos que se divide em duas partes: uma no próprio olho e outra no cerébro. A primeira operação na vida daquele homem foi no sentido de abrir seus olhos para as coisas espirituais. A segunda, não menos importante, foi dando o discernimento. Esta operação é mais específica e se dá, sobretudo, na mente do homem. É o processamento da visão espiritual. É através da Palavra, mente de Cristo, como também da abstinência do contaminação mundana. Como dizia Paulo:
“Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” – 1 Coríntios 2:15-16
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Eita gloria perfeito
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Sim, Viviane, é interessante como a natureza, tanto das coisas quanto dos homens, provê farto material ao nosso Mestre para nos ensinar Seus maravilhosos propósitos e nos desviar de nossas tendências carnais e naturais. Obrigado pelo comentário, seja bem-vinda e volte sempre!
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Como diz o salmista: A exposição das tuas palavras (Senhor,) dá luz. Ótimo acréscimo. Obrigado e um abraço.
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Pedro e João subiam ao templo à hora da oração, a nona, um coxo de nascença, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedia esmola ( encontrar sombra e fruto, encontrar apoio ) no primeiro instante enchergava naqueles dois homens ” duas árvores “, mas a misericordia do Senhor fez ele enxergar a eternidade dentro do templo…
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Opa! Gostei desse desdobramento hein, camarada! Que o Senhor possa multiplicar esse pão que Ele mesmo abençoou.
Grande abraço.
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A Aldeia que representa a religião já não podia naquela época fazer o homem florescer, como arvore dar frutos, muito menos agora em nossos dias. Por isso os homens arvores têm que andar, de um a outro lado fazendo movimento.
Considero que o Senhor denomina o fiel de “vaso” como um utensilio e Ele na eternidade nos põe onde quer para realizarmos a função que o seu Espírito Santo determinar para nós. Por isso ao restaurar aquele cego, Jesus impele-o a não voltar a Aldeia.
O Senhor Jesus nos tirou de aldeias, onde os nossos frutos apodreciam tão rapidamente…., onde eramos nutridos com o esterco do mundo… Hoje andando em sua presença geramos um fruto que permanece que é do seu Espírito Santo e somos nutridos agora pela Palavra do seu Poder,
Grande Abraço
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Obrigado pelo acréscimo, Sérgio. O conselho de Jesus ao ex-cego mostra, de fato, que o propósito do Senhor não é apenas de nos curar, mas de orientar-nos de agora em diante.
Abraço, caro amigo.
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As árvores possuem raízes que se sustentam dos nutrientes da terra. coisas deste mundo, às vezes manipuladas pelo homem, não são ligadas à Eternidade, por isso seus frutos voltam para a terra após apodrecidos, não dão frutos para a Eternidade.
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É verdade, amigo. E, sobretudo, dão lugar às aves do céu, especialistas em roubar sementes.
Grande abraço.
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Ás vezes nossa visão não se abre de uma só vez para as verdades que o Senhor quer nos revelar ; então vemos parcialmente. Porém , Jesus , abre- nos completamente a visão e passamos a ver, não segundo o nosso entendimento , mas segundo à sua verdade .
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Teresa, obrigado pelo comentário. Me desculpa por não lhe retornar antes, estava em férias e deixei esse meu baú meio que de lado por alguns dias.
Uma das melhores metáforas que a Bíblia contém para falar dela mesma é a que nos propõe Tiago, quando compara as Escrituras com um espelho. Pense nisso, depois eu falo um pouco mais do que vi.
Fique com Deus e apareça sempre.
Josué
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