Entram correndo os três meninos, com aquela urgência infantil, como se o mundo fosse acabar: – Mãe, mãe! – diz o mais velho, sob a concordância dos demais – deixa a gente “irmos” lá na caixa daquele moço, deixa??
A mãe, enquanto arruma a roupa do menorzinho, que tava soltando uma faixa, pergunta, sem muito interesse: – Que caixa de que moço?
– Aquela caixa, mãe, prá onde os bichos tão indo, mãe, deixa?
– É – completa o segundo, com ares de vice – vai ser muuuito legal, tem “neão”, “enefante”…
A mãe corta com uma observação, feita com um ar meio nostálgico: – É, eu vi alguns bichos passarem mesmo. Passou até um casal de ursos polares (nunca tinha visto urso polar nestas bandas…) tão carinhosos um com o outro que até me lembrei de quando conheci o pai de vocês…
– Deixa, mãe, você deixa?
– Não, não, isso não me parece bom… dizem que a família daquele tal Noé é toda de gente doida. Não me parece seguro vocês irem lá, não. E ainda tem um monte de bichos perigosos, lá, não, não, não…
– Mas mãe!…
– Lugar seguro é aqui, perto da mamãe…
E fechando as janelas, comenta:
– Que sair nada. Vai que chove…
Josué, APSJC
Maravilhas as mensagens.
Um grande abraço!
Edson Vidal – São Paulo – 14/08/2009
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